Além dos dois alimentos, o homem também come algumas balas de goma. Se experimentar um sanduíche, por exemplo, o paciente sente náuseas e até vômito. Depois de anos sofrendo com os sintomas, Sheridan foi diagnosticado com Transtorno Alimentar Restritivo e Evitativo, ou TAAR, em 2023.
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A condição faz com que o paciente não consiga comer a maioria dos alimentos e nem mesmo saiba como são as texturas e sabores. O transtorno, também conhecido como Avoidant/Restrictive Food Intake Disorder – ARFID é um distúrbio alimentar caracterizado pela limitação severa na quantidade ou variedade de alimentos consumidos.
Para tentar conter os sintomas, Thomas tomou antidepressivos, no entanto, o tratamento não funcionou. O homem, então, se acostumou com a rotina difícil.
“Não estou vivendo no momento, estou apenas sobrevivendo. Quero viver uma vida normal e poder ir trabalhar sem me sentir um monstro. Isso fechou tantas portas para mim”, lamentou, em entrevista ao NY Post.
O homem também confessou que sonha com o dia em que poderá comer uma refeição comum, como um ensopado de carne, com sua família e sem passar mal. Para conquistar isso, Thomas decidiu tentar a hipnoterapia como nova forma de tratamento e, para isso, criou uma campanha para arrecadar o dinheiro necessário.
Thomas enfrenta o problema desde a infância. Quando era recém-nascido, era considerado saudável, mas, aos 18 meses, simplesmente parou de comer. Seus pais, Sheila e Tom, foram a vários médicos. Um deles sugeriu que deixassem o menino passar fome até que aceitasse comer, mas não adiantou.
Na época, o pai tentou oferecer presentes para incentivar o menino a comer, mas também não conseguiu.
O problema de saúde não está necessariamente associado a preocupações com peso ou imagem física, como ocorre com a bulimia e a anorexia. O TAAR pode se manifestar de diferentes formas, como a falta de interesse por alimentação ou algumas comidas específicas, sensibilidade sensorial extrema a aspectos específicos dos alimentos, ou medo de consequências negativas associadas à ingestão alimentar, como vômitos, engasgos e reações alérgicas.
As consequências podem ser graves, como desnutrição, perda de peso significativa, deficiências nutricionais, dependência de suplementos alimentares e prejuízos no desenvolvimento em crianças. O transtorno também pode levar ao isolamento social, já que refeições em grupo podem gerar ansiedade ou constrangimento.
O tratamento costuma envolver uma abordagem multidisciplinar, com o acompanhamento de nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e, em casos específicos, terapias ocupacionais com profissionais especializados em alimentação. Terapias como a Cognitivo-Comportamental – TCC – e a exposição gradual a alimentos evitados são alguns dos métodos utilizados.
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